Uma amiga minha, comentou comigo o fato de eu ter uma linha só de escrita. Que escrevo sempre pequenos contos que falam a respeito de experiências minhas e de pessoas próximas a mim. [Eu sei que não foi uma crítica, Beiber. Mas mesmo assim faço uma nota a respeito, já que tu, como leitora assídua do meu blog, logo, logo soltarias uma exclamação: “Mas foi só um comentário! ¬¬”].
O fato é que eu realmente pensei sobre o porquê de eu escrever sempre coisas mais existencialistas-sentimentais-individualistas. Pensei, repensei e cheguei à conclusão de que sou uma [guei] sentimental. Além, claro, do fato de eu simplesmente gostar de escrever coisas assim e de um dia querer publicar um livro de contos [Tááá, Caia Fernanda Abreu], o que nada tem a ver com o possível e equivocado fato de eu não me interessar pelos contextos sociais [por que se não me interessasse, nem estaria no curso de pedagogia].
Portanto, resolvi agora [mas não somente] usar esse espaço meu, mas que não só eu leio, pra adentrar em um assunto que desde que comecei a estagiar vem me deixando muito encucada. Muito é pouco: MUUUITO!
Cara, talvez não seja a única a pensar sobre isso. Mas, quem já teve a oportunidade de folhear um livro didático do ensino infantil ou fundamental, além de professor, pai, mãe, tia, ou seja lá quem for o adulto que lide com isso cotidianamente? Quem que por curiosidade [e não por obrigação] já o fez?
Dando ênfase, agora, aos livros de ensino infantil [jardim I, jardim II], tu que já leste, não achas o quanto é tosco a maioria desses livros? O que será que pensam, essas editoras que publicam tais coisas, a respeito da mente cognitiva dos donos do livro? Pior: o que passa pela cabeça de quem escreve? Não. Pior: o que passa pela cabeça do diretor do colégio que compra esses livros?
Não, não estou sendo extremista. É só prestar atenção nos textos e questões. Uma criança que está no jardim II, tem em média cinco ou seis anos e muito malmente conhece o alfabeto completo e os números. Então por que diacho ensinar no jardim dois os algarismos romanos pra uma criança que não sabe nem que o dez é o zero do lado do um?
NÃO. Não estou dizendo que elas não têm capacidade pra isso. Mas cada passo de uma vez. Vamo ler Piaget, galera que escreve o livro, e analisar o nível de desenvolvimento nos quais elas estão.
Aí, contraditoriamente, em um livro de TERCEIRA SÉRIE, onde as crianças já sabem ler bem e corrido [tá oquei, algumas têm dificuldades, mas aí já é a questão da falta do hábito da leitura. Outra discussão], o cara me vem com uma questão dessas:
“1ª) Escreva o diminutivo de cada palavra:
a) Sapo – sapinho
b) Luva – luvinha
c) Bebê – bebezinho”
Melldells, por um acaso, essa criança, por mais que tenha um desenvolvimento lento, não sabe que uma roupa pequena é roupinha? Que o filho do sapo, além de girino, é um sapinho? Já que é pra dar diminutivo como conteúdo de currículo escolar, por que esses livros não dão ênfase aos diminutivos irregulares [aldeia – aldeola; casa – casebre; rapaz – rapazote, rapazola...]?
E os textos de história e geografia? Puts, textos secos, questões secas pra respostas secas: “quem descobriu o Brasil?”. Gente, isso ainda existe. Uma criança de terceira série, com cerca de oito a dez anos, já tem condições suficientes de entender e analisar o contexto, como um todo, de determinada época. Eles já têm plenas condições, por exemplo, de entender sem traumas que os verdadeiros donos do Brasil, na época, eram os índios e que estes foram desprendidos de sua cultura de forma agressiva e blá blá blá.
Pô, galeraescritoradelivrodidático, vamo colocar as questões certas na época certa.
AEE texto em primeira pessoa! hehe Mas tu sabes que eu ia ler isso né. Então, como bem sabe não foi uma critica a tua escrita, aliás adoro a maneira que tu escreves. E acho super engraçado também.. adoro essas palavras juntas tipo: "Pô, galeraescritoradelivrodidático"... haha
ResponderExcluirFalando nisso, já parei pra analisar esses livros, são ridiculos, por isso, que a crianças crescem com uma visão totalmente errada do mundo, os de biologia são os mais toscos, tipo aparece uma criança com esquistossomose com cara de feliz, e perto de um laguinho todo bonito, que merdes! A maioria dessas doenças são causadas por falta de saneamento básico, e as pessoas mais pobres que sofrem, enfim. Tem toda razão! aíbilltextomólegal ;p
E doido, a parte de geografia é toda ridícula também. Não lembro direito como foi o papo, nem quero dar informação errada, portanto vou abreviar:
ResponderExcluirEm um desses livros toscos, escrito por alguém cabeça-oca do sul/sudeste, o pará tava localizado na região nordeste do brasil¬¬. Isso foi anos] passado, parece..
Putsquelospare, hein?!
Concordo com teu texto.
ResponderExcluirBem que, quando não vem tosco (como diz vc) vem muito difícil.
Falo assim, pois Dani é meu maior e próximo exemplo, ela está na 3ª série e meeeu paaii é cada trabalho que nem é ela que faz, sou eu ou é a mãe. E, é um trabalho descabelador, daqueles que te dá dor de cabeça, que te deixa maluca e algumas vezes sem resposta.
Porém, alguns assuntos são os meios de transporte, vê se pode isso. É uma contradição só.
E, ainda se fala que as crianças de hoje, será o futuro do Brasil. Como será esse futuro, hein ?!
Agora, imagina, estamos falando de escolas particulares e, as públicas ... puutz ¬¬ ' Nas escolas públicas, falta o hábito de ler e saber tabuada. Uma criança de 11 anos que estuda em escola pública não tem noção de quanto é 2 x 2, porém mesmo assim, estas serão o futuro do nosso Brasil. É de dá medo !!!
Enfim, é preciso mudar inúmeras coisas. Talvez, mudando a didática na educação poderemos ter um FUTURO no país.
Encerro aqui meu pequeno comentário :) Flw Bioonda, abçs.